domingo, 24 de janeiro de 2010

Muito morais


Na roça, tudo esteve em ponto de diálogos desses:
- ... é... cê acha que chove?
- ... ãh... uhmm... deve que chove.
Cinco minutos depois, eu com o Sagarana no colo.
- ... esse livro é sobre astrologia?
Só ri, sem fazer som.
- É.
Mais minutos.
-... é... pois é...
Sete minutos, adiante.
- ... é... pois é... então... deixa pra lá, né? Melhor assim.
- ... é.
Dois minutos passaram-se.
- Ó, lá! Aquele mesmo casalzinho de sabiás.
- Uhm... mas que gracinha. Como é o nome daquele mais azulado?
- É galinho do campo. Ó o João-de-barro. Nenhum que canta...
- Sabe que ele, depois que pega a mulher adulterando, tranca a perversa na casinha deles, vôa lá em cima e dá de ponta no chão?
- É! O pedreiro da floresta não é civilizado.
- É... pois é...
Dez minutos depois.
- Bem que essas maritacas podiam suicidar também.
Que elas tão fazendo muita farra no sorgo e vai desperdiçar, eles acham. Mas quem torce os pendões, desfaça-se a injustiça, já se sabe, são as dubanos.
Nem sempre onde há farra, há também desordem!

2 comentários:

Unknown disse...

Muito legal seu(s) blog(s)!
E eu a vejo sempre no campus...

Abraços.

Elizabete disse...

Hi, Mary Lou Ann!!!!
Acabei de ver seu blog.
Adorei essas fotos dus interiorrrr das Minas Gerais. Nossa terra é rica em cultura e o povu antigu é di uma sabedoria encantadora.
Beijinho pra você.
Titia Bete