quinta-feira, 9 de outubro de 2008

BEM PRA CÁ DO INDAIAZIM


Não, lá não tem mar. Mar evidente, luz excessiva... Silhueta de coqueiro. Avesso do mar, já aquela bahiazinha, tão mansa cheirasse doce. Nem rio. Córrego. Carrapato. Aqui é o Carrapato. Locas, onças, meleta, tiririca, jaguatirica não é onça, jaratataca fedorenta também tinha. Subtropical. Úmido. Lugar de Deus. De tudo. Para progresso! (O Alegre não foi para frente, gente, que nem nós. Culpa de Coromandel, não. Êpa! Aquela festa de Santos Reis pagava a pena! Comida, doce, pito, cachaça, sanfona e viola, todo mundo reunido, moças de função ali junto procedendo com as outras, direitinho, aquela beleza, um pé de ingá, a graminha toda vida, um pangaré gordinho vindo do bambuzal, arrevoada de arara pro lado de Andrequicé...) Mais a festa da Lapa! De Nossa Senhora! Diamante, empreitada cumprida, famílias, todos querendo aquilo por cima dos mares de morros. Se fortes? Eles? Elas? Povo amigo do povo, memorável, muitos mais que meliantes, arte de tiros. Arrenegamos. Schimidts são graças agora, duas, de cada lado em minha cinturinha. Pilão armado. Ponho roupa de comércio, subo e desço a rua, dez vezes. Hrhum! Povo amigo do povo. Tantos no cemitério do Caxambú, tantos no do Porto. Gente e mais gente! Seus fantasmas me encontram por todas as estradinhas vermelhas assoprando: não mate à toa. Gente boa! Enterro num grotão tão inclinado que lá cavalo só desce de fasto, arrastando a bunda no chão. Caso preciso. Lá no Indaiazim. O Furuça hoje foi lá no Indaiazim, lá no Carneiro, lá na placa. Compadre Zizico foi na cigana ler mão. Queria o carneiro roubado. Nessa horinha um cachorro assava o bicho. Churrasco de carneiro de água? Tep, tep, tep. Carneiro de água, eh... Cigana... Lá no Carneiro, lá na placa... Lindo o Indaiazim. Deus mora lá, mãe? Romeiros vagando por toda parte dentro de mim... Lá... Que é que tem lá, lá, laiá?

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